terça-feira, 24 de março de 2009

"Penálti por intuição"

"Penálti por intuição", foi assim que Lucílio Baptista justificou a pessoas que lhe são próximas o facto de ter apontado a marca dos 11 metros, por um ‘braço’ inexistente de Pedro Silva, na área do Sporting.

"Em mais de 90 por cento de situações semelhantes, a bola bate no peito e no braço dos jogadores", justificou o juiz de Setúbal.

À tarde, Lucílio apenas disse ao CM, à porta de casa, na Margem Sul, que "não" tinha "feito mal a ninguém". À noite, reconheceu que tinha errado, mas frisou que o seu segundo auxiliar, Pais António, também lhe assegurou que tinha visto a bola bater no braço de Pedro Silva.

"Confirmo as palavras do meu chefe de equipa. Só mais tarde, já no hotel, verificámos que não foi assim", adiantou Pais António. "Se os meios tecnológicos pudessem ser utilizados, o penálti não seria marcado", observou.

O CM ouviu também fonte da Comissão de Arbitragem da Liga, que aceita a explicação do "penálti por intuição." "Na maioria das vezes, a bola bate no braço."

Já o antigo árbitro Veiga Trigo discorda: "Ou há ou não há penálti. Não se pode tomar uma decisão tão importante com base na intuição e no que sucede na maioria dos casos semelhantes. São as faltas mais graves. Há que ter a certeza."


In Correio da Manhã, 23 de Março de 2009

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